sexta-feira, 14 de março de 2014

"Alemão" ficcionaliza tomada do complexo carioca de favelas em 2010


Diretor paulista que se radicou em Brasília, cidade em que assinou seus filmes mais conhecidos, como "Concepção" (2005) e "Meu Mundo em Perigo" (2007), para depois sair de sua zona de conforto com a comédia "Billi Pig" (2010), José Eduardo Belmonte afasta-se mais ainda de seu território habitual em "Alemão" --um drama ambientado em um dos maiores complexos de favelas do Rio de Janeiro, que foi palco de uma gigantesca ocupação policial-militar em 2010.

Não é tão difícil, porém, entender o que atraiu Belmonte a este projeto, já que sua obra deixa clara uma identificação com dilemas urbanos e contemporâneos.
O enredo, ainda que calcado em fatos reais, em um filme que recorre a trechos documentais, é ficção. Partindo de uma ideia original do produtor Rodrigo Teixeira, os roteiristas Leonardo Levis e Gabriel Martins focalizam o sufoco de cinco policiais infiltrados no Alemão, no momento em que suas identidades são descobertas --e a ocupação do complexo ainda não foi autorizada.
Os cinco se refugiam numa pizzaria, que é comandada por um deles, Doca (Otávio Müller) --o único cuja identidade ainda não foi exposta. Os outros são Samuel (Caio Blat), Danilo (Gabriel Braga Nunes), Branco (Milhem Cortaz) e Carlinhos (Marcello Melo Jr.).
No subsolo da pizzaria, existe um quase bunker, onde eles estocaram armas para uma emergência, como agora, momento em que estão sendo caçados pelos homens do traficante dono do pedaço, Playboy (Cauã Reymond).

"Need for Speed - O Filme" focaliza história de vingança nas pistas


Quem gosta de corridas vertiginosas com carros caríssimos deve ficar atento a "Need for Speed - O Filme", que estreia em cópias 3D e 2D, dubladas ou legendadas. Baseada no hipnotizante jogo homônimo, que faz história entre os "gamers" desde 1994 com suas inúmeras variantes e consoles, a produção é embalada por esse sucesso e pela tensão das competições clandestinas, com direito a perseguições pela polícia.
Na versão para o cinema, o roteirista George Gatins escolheu o personagem Tobey Marshall (Aaron Paul, o Jesse da aclamada série de TV "Breaking Bad") e sua vingança pessoal contra o piloto Dino Brewster (Dominic Cooper) para fazer a história correr. Afinal, neste mundo de velocidade e egos, vendetas devem ser resolvidas única e exclusivamente nas pistas.
Na primeira parte do filme, o espectador conhecerá Tobey, um piloto nato que herdou uma oficina especializada em carros de corrida de seu recém-falecido pai. Em dívidas, ele e seus ajudantes Benny (Scott Mescudi), Finn (Rami Malek), Joe (Ramon Rodriguez) e Little Pete (Harrison Gilberson) aceitam montar o carro do rival Dino, um Mustang criado, mas não terminado, pelo lendário e real reparador de carros Carroll Shelby (morto em 2012).

Após a venda do carro, por US$2,7 milhões, Dino desafia Tobey para um racha (nada menos do que com três carros Koenigsegg Agera R) para provar qual dos deles é melhor no asfalto. A corrida acaba mal, com a morte de Little Pete, que conduzia o terceiro carro, e Tobey é preso por homicídio culposo. Apesar de ter provocado o acidente, Dino é liberado, enquanto seu rival amarga dois anos em um presídio.
Ao sair da cadeia, Tobey entra em contato com o dono do Mustang e sua assistente Julia (Imogen Poots) e pede o carro emprestado para a mais emblemática das corridas clandestinas, a De Leon, criada por um bilionário excêntrico, Monarch (Michael Keaton).
Nela, o protagonista poderá se vingar de Dino, enquanto seu patrocinador ficará com o prêmio: os cinco carros participantes perdedores, avaliados em mais de US$7 milhões (só a Lamborghini Elemento é avaliada em 2,2 milhões de euros).